Novo Horizonte é conhecido por características que o enobrece, sendo um dos maiores produtores de alho do Nordeste. Há dois distritos do município que se destacam: Vila dos Remédios e Brejo Luiza de Brito, sendo que o primeiro se destaca por concentrar boa parte histórica do município e o segundo por movimentar grande parte da economia, ou seja, a produção de alho, fazendo com que o distrito seja conhecido como Vale do Alho.
O município de Novo Horizonte também é conhecido por suas riquezas minerais: cristal de rocha, barita, quartzo rutilado, ferro e ouro. A cidade atrai garimpeiros de terras longínquas, quem vem em busca destas riquezas. Os maiores compradores de minérios são os estrangeiros europeus e asiáticos que exportam toneladas de cristais rutilados, com brilho intenso para seus países.
Esta corrida desenfreada para os garimpos do município provoca um fenômeno bastante peculiar, o abandono das outras atividades econômicas como o plantio e o comércio. Este fenômeno também reflete nas escolas, incentivando o abandono de alunos influenciados pela remuneração com a exploração de minérios.
No entanto, a exploração destas pedras, não proporciona uma melhoria na qualidade de vida da população de Novo Horizonte, pois os produtos negociados não condizem com o superfaturamento na venda destes, pelos intermediários ao mercado externo. Fato este que prejudica o desenvolvimento social e econômico da população, pela falta de conhecimento da verdadeira utilidade e finalidade dos cristais.
Já o artesanato não se caracteriza uma atividade em expansão no município, existe em algumas comunidades que vivem basicamente da exploração de suas matérias primas, como a utilização do barro para criação de peças como bacias, potes que tem uma atividade ainda tímida no município.
O município tem um perfil sócio-econômico muito diversificado, enquanto se mostra uma economia em pleno desenvolvimento, também apresenta características de extrema pobreza já que segundo dado do IBGE é um dos mais pobres municípios baianos.
Tabela 07. Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade 1991 e 2000
19912000Renda per capita Média (R$ de 2000)71,398,5Proporção de Pobres (%)70,763,6Índice de GINI0,470,63
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
No que tange os indicadores da Tabela 07, os mesmos apontam para um crescimento de 38,17% na renda per capta média do município, ou seja, passando de R$ 71,3 em 1991, para R$ 98,50.
Em 2000 a pobreza que é medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 75,50, equivalente à metade do salário mínimo vigente em agosto de 2000, diminuiu 10,05%, passando de 70,7% em 1991 para 63,6% em 2000. Já em relação ao Índice Gini, a desigualdade cresceu, passando de 0,47 em 1991 para 0,63 em 2000.
Conforme o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, o índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), entre 1991 e 2000, em Novo Horizonte cresceu 11,53%, passando de 0,590 em 1991 para 0,658 em 2000. Segundo a classificação do PNUD, o município está entre as regiões consideradas de médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8).
Tabela 08 – Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
1991 2000
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal0,5900,658
Educação0,6180,720
Longevidade0,6670,714
Renda0,4850,539
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil
A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a Educação, com 50,2%, seguida pela Renda, com 26,6% e pela Longevidade, com 23,2%. Esta grande contribuição da educação foi devido a melhorias no quadro educacional do município, o qual vem investindo neste setor.
Segundo ao Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, Novo Horizonte em relação aos outros municípios do Brasil, apresenta uma situação intermediária: ocupa a 3629ª posição, sendo que 3628 municípios (65,9%) estão em situação melhor e 1878 municípios (34,1%) estão em situação pior ou igual.